quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

SUPOSTO AMOR

Vou mostrar a vocês um texto que produzir na época da faculdade de jornalismo. Espero que gostem. Segundo a professora Ester Mambrini, que acompanhou esse projeto, o texto parece capítulos de novela.

SUPOSTO AMOR

Capitulo I

Cansada de ficar sozinha e de tanto procurar pelo homem perfeito, Clara, uma moça de 25 anos, bonita, elegante, inteligente, educada, simpática, da alta sociedade, não entendia porque nenhum homem se encantava com ela e resolve tentar outra tática, além das que já tinha usado: sair com desconhecidos; sair para festas diferentes sem companhia, destinada a encontrar a pessoa certa; até mesmo partir para o lado dos feitiços, macumbas ela tentou, mas nenhuma dessas alternativas tinha dado certo.

Certo dia, sentada no sofá de sua casa lembra que sua amiga, Bianca comentou que tinha ido a uma máquina que ficava em uma rua afastada da cidade, que tinha colocado uma nota de cem reais na máquina, apertado um botão verde e retirado um papel com o nome do homem, do príncipe encantado, do grande amor da sua vida e que passou uma semana para encontrá-lo. Concluindo, Bianca estava feliz e apaixonada. Entusiasmada com a lembrança Clara resolve ligar para a amiga e pegar o endereço da máquina. Salta do sofá, pega o telefone que estava do seu lado.

- Alô, Bianca! É Clara.
- Diga aí minha amiga, tudo bom com você?
- Mais ou menos, mas vai ficar melhor se você me ajudar.
- Como eu posso te ajudar?
- Quero que você me dê o endereço da máquina que você encontrou Carlos.
- Hum! Está querendo desencalhar?
- É isso mesmo, não agüento mais ficar sozinha.
- Está certo, anote aí...

Com o endereço anotado em um pedaço de papel, Clara resolve ir na mesma hora buscar o nome do seu príncipe. Desliga o telefone, vai até seu quarto, troca de roupa, pega a bolsa e a chave do carro e sai em busca do seu amor.

Durante o caminho, seu pensamento é de encontrar logo o homem de seus sonhos, e o imagina de todos os jeitos. Chegando no local, Clara logo vê a máquina que iria salvá-la da solidão. Desce do carro, guarda a chave na bolsa, tira a nota de cem reais da bolsa, coloca na máquina e aperta o botão verde, logo em seguida retira seu tão esperado papel com o nome de suposto amado.

Muito sorridente Clara lê o papel, o nome que nele está escrito é Pierre Karlank, agora que tem o nome de seu suposto amado, pega a chave do carro e volta para casa. Seu pensamento está no homem que possuía aquele lindo nome. Chegando em casa, Clara é só sorriso, sentada no sofá, seu corpo cansado, seus olhos começam a pesar, adormece, com uma forte luz em seus olhos acorda e percebe que tinha dormido no sofá, quando sente em sua mão um pedaço de papel, o sorriso volta a seu rosto. Clara esperava agora o dia em que iria encontrar seu suposto amor. Esperava ser rápido como aconteceu com Bianca.

Levanta do sofá, vai ao quarto, toma banho, se arruma, toma café e vai trabalhar, no trabalho só consegue pensar em como será Pierre Karlank. Acabado o expediente, dá tchau aos seus colegas de trabalho e volta para casa. Seu pensamento continua em seu príncipe, sentada no sofá, com o pensamento em Pierre, nem se dá conta que ainda não tinha jantando, na pia, lavando os pratos, não para de pensar em seu amado, vai ao quarto, deita na cama e pensando em apenas um nome adormece. Esses fatos viram rotina e se repetem por trinta dias.

No trigésimo primeiro dia, após saber o nome do seu suposto amor, algo diferente acontece. Clara antes de ir jantar recebe um telefonema:

- Alô?
- Alô! Quem está falando?
- Clara.
- Desculpe, liguei para o número errado, já é a quinta vez que isso acontece hoje, mas obrigada por não desligar o telefone na minha cara, como as outras pessoas.
- De jeito nenhum. Qual seu nome?
- Pierre Karlank, muito prazer.

Assustada, Clara fica muda e pensa: Ah! Meu Deus é o meu homem, quando escuta:

- Alô, ainda está me ouvindo? Alô?
- Desculpe! Pierre, você é o homem da minha vida.
- O quê?

Bem mais assustado que Clara, ele pensa que ela deve ser louca ou está querendo brincar com ele. Espantado desliga o telefone na cara de Clara, uma pessoa completamente louca para ele.